quinta-feira, 8 de abril de 2010

Petrobras encontra petróleo em novo poço na área de Tupi

RIO DE JANEIRO, 7 de abril (Reuters) - A Petrobras anunciou nesta quarta-feira ter tido sucesso em mais uma perfuração na área de Tupi, confirmando o potencial para reservas na região de 5 a 8 bilhões de barris.

O novo poço, denominado 3-BRSA-795-RJS (3-RJS-666), e informalmente conhecido como Tupi OW, está localizado em lâmina d'água de 2.131 metros, a cerca de 270 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, e a 12,5 quilômetros a nordeste do poço descobridor 1-RJS-628 (1-BRSA-369), conhecido como Tupi.

O óleo encontrado tem cerca de 25 graus API --menos leve que o óleo anteriormente achado em Tupi, de 28 graus API-- mas segundo a Petrobras é resultado de testes a cabo feito em profundidades maiores que os poços anteriores.

"A conjunção das informações obtidas neste poço com aquelas obtidas nos demais poços já perfurados reforçam as estimativas do potencial de 5 a 8 bilhões de barris de óleo leve e gás natural recuperável nos reservatórios do pré-sal da área de Tupi", informou a Petrobras.

Tupi, ou bloco BM-S-11, é operado pela Petrobras (65%) e tem como sócios o BG Group (25%) e a Galp Energia (10%).

A empresa informou que o consórcio continuará investindo no local e prevê a perfuração de outros poços até a declaração de comercialidade, prevista para dezembro de 2010.

(Por Denise Luna; Edição de Marcelo Teixeira)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Projetos do pré-sal recebem 80 emendas no Senado



Moacyr Lopes/Divulgação
Os quatro projetos que compõem o pacote do pré-sal receberam no Senado 80 emendas.

É um prenúncio de que a tramitação será embalada pela polêmica e tende a consumir mais tempo do que desejaria o governo.



A maior quantidade de emendas (54) foi pendurada na proposta que institui o novo modelo de exploração do petróleo, a “partilha”.



Esse pedaço do pacote, que já era o mais cabeludo, tornou-se objeto de apaixonada discussão depois de passar pela Câmara.



Os deputados injetaram no texto original uma emenda de autoria de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG).



Ficou estabelecido que os Estados produtores de petróleo –Rio e Espírito Santos à frente –, deixam de receber tratamento diferenciado na divisão dos royalties.



O bolo passaria a ser dividido entre todos os Estados, mesmo os que não produzem nenhuma gota de óleo.



Entre 54 emendas que tratam dessa encrenca, destacam-se duas. Uma traz a assinatura do senador Pedro Simon (PMDB-RS).



Mantém o texto aprovado na Câmara. E obriga a União a abrir os cofres para compensar as perdas impostas aos Estados produtores.



A outra emenda, que deve centralizar as atenções, foi apresentada por uma dupla de senadores eleitos pelos Estados que mais produzem petróleo.



Francisco Donelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES) sugerem que seus Estados continuem a receber fatias maiores do bolo dos royalties. Sugerem uma redivisão que impõe prejuízos à União.



As outras emendas apresentadas no Senado foram anexadas à proposta que destina parte do lucro do pré-sal a um Fundo Social (12)...



...Ao projeto que cria a nova estatal batizada de Petrosal (9) e à proposta que estabelece as regras para a capitalização da Petrobras (5).



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Escrito por Josias de Souza às 02h53