quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

‘Não há que desabone a conduta de Graça Foster’, disse novo ministro da CGU

8/1/2015 11:15
Por Redação, com ACS - de Brasília

Presidente da Petrobras, Graça Foster
Presidente da Petrobras, Graça Foster

Recém-empossado ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão saiu em defesa da presidente da Petrobras, Graça Foster, ao comentar os rumos da investigação sobre suspeitas de irregularidades na estatal.
– Não tivemos contato direto com a presidente da empresa. Mas as informações de que obtive aqui é de que ela tem trabalhado em estrita cooperação e colaboração com a CGU. Não há qualquer medida que desabone a conduta dela na apuração desses ilícitos. Então sou da mesma opinião do ministro Jorge Hage (ex-ministro da CGU). A direção atual da empresa está atuando para a melhoria da governança e para implementação de um modelo de controle que não permita que uma situação como essa não ocorra mais em uma empresa tão importante como a Petrobras – disse Simão em entrevista ao jornal o Globo.
Ex-secretário-executivo da Casa Civil, ele afirmou ainda que pretende pedir explicações à estatal sobre a construção da rede de gasodutos Gasena. “A área de controle interno já está elaborando o pedido de informações sobre isso”.
Em nota, o comando da estatal retrucou esta semana acusações de irregularidades na obra. “Com relação ao custo do empreendimento Gasene, é inverídica a afirmação de sobrepreço de 1.800%. Muito pelo contrário, a contratação da construção dos gasodutos pela Transportadora Gasene foi feita por um valor 4,4% abaixo da estimativa orçada, utilizando-se um projeto básico robusto”.
MP intensifica investigações
Citada na Operação Lava Jato, a Sete Brasil vai passar por uma investigação reforçada do Ministério Público.
Segundo a colunista Vera Magalhães, promotores estariam convencidos de que há irregularidades em parte dos contratos de US$ 25,6 bilhões entre a empresa controlada pelo BTG, de André Esteves, e a Petrobras. O ex-diretor Pedro Barusco admitiu ter desviado US$ 97 milhões no esquema.
Sem dinheiro em caixa, a Sete Brasil não tem conseguido honrar com os pagamentos a estaleiros, aos quais encomendou 29 sondas de exploração de petróleo, com investimentos estimados em US$ 25,5 bilhões. Os atrasos já totalizam US$ 300 milhões.